"Filosofia da Caixa Preta"
O livro "Filosofia da Caixa Preta" do filósofo Vilém Flusser, foi uma leitura mais complicada do que estou acostumado a ler, principalmente pela constante indicações de novos significados para termos já existentes (aparelho, funcionários, programação...). Um ponto em que gostei muito foras as críticas aos meios de comunicação, aos elementos culturais e diários presentes na "era pós-indústrial", na qual transformaram o mundo em uma constante mudança de códigos visuais figurativos e pré-estabelecidos pelos "programas" (desde os mais simples como a configuração das ferramentas da câmera, até as redes mais complexas como as políticas que controlam uma certa região), deixando uma séria de analfabetos funcionais, que conseguem ver as imagens, mas não analisá-las a fundo para entender todas as mensagens presentes. O autor utiliza a fotografia, a câmera e o fotógrafo para metaforizar diversas situações e problemas contemporâneos (mesmo que a escrita do livro não seja tão próxima de 2023, acaba se aplicando ao atual), divagando e dialogando sobre a estarmos presos no que nos foi programado, sobre a democracia do olhar, a desigualdade e faltas de oportunidades, entre outros.
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